História
(i)mobilidades
O projeto (i)mobilidades busca promover o senso crítico dos estudantes da TransForma, abordando temas históricos, políticos e culturais da cidade. O objetivo é que os estudantes produzam textos dissertativos-argumentativos, refletindo sobre a mobilidade na cidade, suas questões e consequências.
O projeto engloba diversas áreas do conhecimento, como Literatura, Física, Geografia e Matemática.
A importância do diálogo sobre a (i)mobilidade
Com base em uma visita à exposição Crônicas Cariocas, os estudantes produziram textos dissertativos-argumentativos sobre o tema “O Rio de Janeiro continua lindo para quem?”. A atividade foi dividida em duas partes, onde os estudantes foram incentivados a entender a visão de mundo do outro e a acolhê-la, promovendo uma produção coerente e coesa.
Antes da visita à exposição, os estudantes tiveram a oportunidade de entender a importância do diálogo sobre a mobilidade no Rio de Janeiro, analisando as estruturas de poder que instauram lentes não contextualizadas, gerando vácuos de entendimento em relação a toda a população. O objetivo é que, através desse início de pensamento, os estudantes percebessem a relevância de refletir sobre a reprodução de comportamentos sociais que geram marginalização.
Como a matemática ajuda a entender os desafios de transporte na cidade
O projeto (i)mobilidades realizou estudos em diferentes bairros da Baixada de Jacarepaguá, visando compreender a mobilidade urbana e suas implicações na vida dos moradores. Como parte dessa iniciativa, foi escolhido o bairro do Tanque para análise matemática, onde se constatou que o principal meio de transporte utilizado pelos habitantes é o BRT do Rio de Janeiro, com capacidade aproximada para 600 passageiros.
A partir desses dados, foi possível estimar que seriam necessários cerca de 63 veículos para transportar toda a população do Tanque. Além disso, outro grupo de estudantes utilizou o conceito de (i)mobilidade para simular como seria se o VLT atendesse o Recreio dos Bandeirantes, descobrindo que o VLT transportaria cerca de 30.240 passageiros por dia.
O deslocamento cotidiano
O trabalho produzido pelos estudantes apresentou diversas informações relevantes para a compreensão do deslocamento cotidiano. Eles mediram o tempo e a distância de casa para escola por meio de diferentes meios de transporte, e também calcularam o custo mensal financeiro de cada um deles. Além disso, os estudantes destacaram os impactos ambientais dos diferentes meios de transporte e a relação entre a velocidade nas vias e o fluxo de veículos. Também apresentaram os fatores que influenciam o tempo e o deslocamento dos veículos durante a aceleração e frenagem, além de apresentar os tipos mais comuns de radares de trânsito e explicar o funcionamento do radar fixo.
(i)mobilidade urbana e igualdade de acesso
Os estudantes descobriram três formas de discriminação que afetam a mobilidade urbana: segregação socioespacial, capacitismo e racismo. A segregação socioespacial fragmenta as classes sociais em espaços distintos da cidade, onde determinadas pessoas vivem em áreas centrais e outras em periferias. Já o capacitismo é a discriminação e o preconceito social contra pessoas com alguma deficiência, e o racismo é a discriminação social baseada na falsa ideia de que a espécie humana é dividida em raças em que uma é superior a outras. Essas formas de discriminação afetam o acesso e a qualidade dos serviços de mobilidade, assim como a infraestrutura urbana disponível. Também falaram sobre como combater essas formas de discriminação, e como são necessárias ações afirmativas e políticas públicas específicas que garantam igualdade de acesso e inclusão social